A Matriz Injetora de Acetato de Etil Vinil (EVA), máquina da Calçados Azaléia Nordeste S.A, localizada em Itapetinga, a 560 km de Salvador, foi interditada pelo Tribunal Superior do Trabalho após decisão da 20ª Vara do Trabalho de Salvador. O motivo da interdição foram as graves e repetidas mutilações em empregados. A parada vai suspender a produção de 1,2 mil solados por hora na matriz da Vulcabras Azaleia.
Operado por duas pessoas a cada turno, o maquinário foi apontado como causador de diversos acidentes, resultando em amputações de dedos, mãos e antebraços dos operários desde 2006. O ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, relator do processo, fundamentou o seu voto argumentando que “a empresa teria alterado o ciclo de funcionamento da máquina para obter maior produtividade” e, com isto, gerado os acidentes do trabalho.
A fábrica de calçados mantém um quadro com mais de 17 mil operários na Bahia,que respondem pela produção diária de 82 mil pares. A maioria trabalha na sede da empresa, em Itapetinga, e os demais são distribuídos pelas 18 unidades nas regiões sul e sudoeste do Estado.
Perigo
O argumento do Ministério Público do Trabalho (MPT), que ajuizou ação civil pública, em 2003, foi baseado na “constatação da ausência de precauções para evitar graves e repetidas mutilações” em empregados da empresa.A ação visava a que a empresa adotasse medidas para proteção e saúde dos empregados na sede em Itapetinga e nas filiais no interior da Bahia.
Fonte:Bahia economica
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